Desigualdade social determina frequência a museus de ciências na América Latina: uma análise de sete países

O envolvimento cultural com a ciência na América Latina é tema de novo artigo publicado no periódico Museum Management and Curatorship.

A análise foi realizada com base em modelos probabilísticos derivados de dados quantitativos coletados sobre as percepções públicas da ciência. Os autores exploraram a influência da estratificação social e de fatores contextuais – gênero, idade, escolaridade, nível socioeconômico e interesse pela ciência, entre outros – na visitação a museus de ciência na Argentina, Brasil, Chile, El Salvador, México, Panamá e Paraguai.

Os resultados sugerem que a frequência aos museus está sujeita aos mesmos determinantes sociais que afetam outras práticas culturais. Isto significa que a posição que os indivíduos ocupam na sociedade medeia suas oportunidades e disposições subjetivas. Foi observado que a participação cultural na ciência é estratificada pelas desigualdades sociais, marginalizando as classes sociais mais desprotegidas: cidadãos com níveis mais baixos de educação e rendimento, idosos, mulheres e pessoas que vivem fora das grandes cidades e áreas urbanas.

Segundo os autores, esta evidência desafia a gestão e a comunicação dos museus de ciência, considerando que as desigualdades questionam os esforços de democracia participativa e transformam o envolvimento cultural numa questão de equidade e justiça social.

Leia o artigo aqui.

Imagem: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

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