A maneira pela qual a curiosidade se manifesta em visitas à uma exposição com temática de saúde no Museu da Vida, localizado na Fiocruz, no Rio de Janeiro, é tema de novo artigo publicado na revista Journal of Biological Education.
Dez grupos familiares participaram do estudo. As conversas e interações familiares foram capturadas com uma câmera point-of-view. Posteriormente, a identificação de emoções foi realizada diretamente em imagens de vídeo, utilizando um protocolo que descreve padrões de ações, interações e conversas observadas durante as visitas familiares.
Os resultados revelaram um conjunto diversificado de emoções de valências positivas e negativas durante a experiência da visita, como diversão, surpresa, preocupação, confusão e nervosismo. A curiosidade se destacou neste estudo como a emoção mais frequente e se manifestou por meio de comportamentos exploratórios e perguntas, principalmente por parte das crianças participantes.
Os autores também observaram que as respostas dos pais/cuidadores nem sempre incluíam uma explicação formal e geralmente seguiam um raciocínio causal. Além disso, em relação aos papéis dos pais/cuidadores e dos explicadores, foi observado que eles atuaram para potencializar as experiências emocionais e educacionais das crianças durante a visita à exposição. Uma diferença fundamental entre essas duas classes de adultos é que os pais/cuidadores facilitaram a criança, estimulando sua curiosidade natural, enquanto os explicadores adotaram uma abordagem mais direta e informativa, oferecendo informações adicionais que enriqueceram a compreensão das crianças sobre os temas da exposição.
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Imagem: Museu da Vida/Fiocruz