A representação de ciência e cientistas na Fase UM do Universo Cinematográfico Marvel é tema de novo artigo publicado no periódico Interfaces Científicas – Humanas e Sociais.
Os autores analisaram como a ciência e os cientistas foram representados em seis filmes da franquia Marvel. Para a análise qualitativa dos filmes, os autores formularam uma série de parâmetros divididos em três grandes etapas e 14 passos, a qual nomearam Protocolo Mikos, por ter como base os trabalhos de Lothar Mikos (2014) e seus estudos de mídias audiovisuais.
Foram identificados 16 personagens cientistas, sendo 13 homens e três mulheres. Do total, 15 são pessoas brancas e há apenas um personagem não branco. Ou seja, os resultados apontam para a predominância de cientistas homens e brancos. Os autores observaram, ainda, que os personagens indicam a presença de 10 estereótipos clássicos de cientistas. No caso dos homens: cientista aventureiro, cientista desamparado, cientista insensato, cientista Inumano, cientista nobre, cientista/alquimista louco, cientista/figura pública do mundo real. No caso das mulheres: cientista inocente, cientista aventureira, cientista filha/assistente.
Quanto à representação da ciência, os autores observaram alguns estereótipos, entre eles: a ciência como coisa privada envolta em segredos, espionagem, militarismo e objeto de disputa; e a ciência como resultado de “gênios” individuais que, ao mesmo tempo, causam os problemas centrais da narrativa, mas também funcionam como fonte das soluções.
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