Os processos interacionais presentes em grupos antivacina no Telegram no Brasil são tema de artigo publicado no periódico GALÁxIA – Revista Interdisciplinar de Comunicação e Cultura.
Usando descritores associados ao tema da vacina e à contestação vacinal, os autores identificaram sete grupos que abordaram a questão vacinal de janeiro a março de 2021, período que corresponde aos primeiros meses da vacinação contra a Covid-19 no Brasil. Depois, utilizando o método da Teoria Fundamentada, foi realizada uma análise qualitativa das conversas tecidas nos grupos estudados.
Os resultados mostram que essas interações estão centradas em três eixos principais que revelam: a formação de um senso de comunidade, envolvendo processos de ajuda mútua, reconhecimento de pares, deliberações sobre o grupo e a rede antivacina, testemunhais e suporte afetivo; o processo de elaboração de uma identidade marcada pela diferença em relação à alteridade; e o gerenciamento de processos de hesitação e dissenso, que podem resultar em rupturas no grupo. De acordo com os autores, a compreensão desses processos, a partir do contexto brasileiro, visa contribuir com o desenvolvimento de estratégias de enfrentamento da desinformação quanto à saúde e vacinas.
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Imagem: Yuri Samoilov